Cáceres, 25 de novembro de 2024 - 06:33

Traficantes queimavam auxílio do governo em churrasqueiras e desdenham de valor

 Alguns dos presos da Operação Hot Money recebiam auxílio emergencial, mas ganhavam tanto com o tráfico de drogas que desdenhavam da ajuda federal. Segundo o chefe da delegacia da Polícia Federal em Barra do Garças, Murilo de Oliveira Freitas, eles queimavam o dinheiro para fazer fogo com carvão em churrascos. Ele coordenou a deflagração da ação policial, ontem (20), que prendeu sete pessoas e cumpriu 21 mandados de busca e apreensão.

 “Colhemos imagens com queima de dinheiro com carvão para acender fogo, muito provavelmente desses valores [do Governo Federal], uma vez que os valores capitalizados pelo crime são muito maiores que os auxílios emergenciais”, disse o delegado, em coletiva à imprensa.

 De acordo com Murilo, o dinheiro não tem relação com fraudes. “São pessoas que, por não terem atividade lícita, formalmente registradas, acabam se enquadrando nos requisitos abertos para que a pessoa receba, mas que possuem por detrás uma atividade criminosa que movimenta valores extremamente altos e que não tem a maior necessidade de onerar os cofres públicos”, disse.

 A Hot Money teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava na região do Vale do Araguaia, principalmente em Barra do Garças, Querência, Porto Esperidião e Pontes e Lacerda em mato Grosso. Além de Jussara e Aragarças, em Goiás.

 O nome da Operação deve-se ao fato de que todos os investigados têm no tráfico de drogas o seu modo de vida.

 Nesse sentido, paradoxalmente, “esquentam o dinheiro” através do exercício da mercância de drogas ilícitas. Consequentemente, esse “dinheiro quente” em espécie é a única “fonte de renda” da maioria dos investigados.

 Matéria retirada do site RDNEWS. Clique aqui para ver a matéria.

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