Cáceres, 25 de novembro de 2024 - 05:22

Mulher acusada de adotar bebê para vender na Bolívia é presa em Cuiabá

 A mulher que adotou o bebê de forma irregular foi presa nessa quinta (20).

 A mulher acusada de adotar o recém-nascido de forma irregular, em Cuiabá, foi presa na tarde de ontem (20.05) por policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). A polícia suspeita que o bebê, de aproximadamente um mês de vida, seria vendido na Bolívia. Ele foi resgatado na quarta (19).

 Contudo, segundo a Polícia Judiciária Civil (PJC), a mulher que estava acompanhada de seu advogado durante seu depoimento, confessou os fatos, porém negou que fosse negociar a criança na Bolívia.

 Ela contou que conheceu a mãe do bebê em um grupo de uma rede social da internet. Segundo a suspeita, na ocasião, a gestante, que é moradora do Estado de São Paulo, teria postado em sua rede social que estava grávida de aproximadamente três meses e que tinha a intenção de abortar ou doar o filho.

 A suspeita entrou em contato com a gestante, que é deficiente auditiva, e tem uma filha de 10 anos, e ofereceu que ela viesse para Cuiabá, dizendo que pagaria um lugar para ela morar, assim como todas as despesas com o parto e pré-natal.

Bebê que seria negociado na Bolívia.

 Durante toda a gravidez, a gestante utilizou os documentos da investigada para fazer os exames necessários, assim como entregou a identidade da suspeita no hospital no momento do parto. A entrega da criança ocorreu em frente ao hospital, assim que a mãe biológica teve alta. Após a entrega, a suspeita pagou as passagens para que a mãe da criança e a sua filha de 10 anos voltassem para São Paulo.

 Após o interrogatório, a suspeita foi autuada em flagrante pelos crimes de parto suposto, subtração ou alteração de direito de recém-nascido e abandono de incapaz, uma vez que abandonou a criança quando soube que estava sendo investigada.

 De acordo com o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as investigações seguem em andamento pela equipe da GCCO e da Delegacia Especializada dos Direitos e Defesa da Criança e Adolescente, para apurar o envolvimento de outras pessoas, assim como a prática de outros crimes.

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