Alguns dos presos da Operação Hot Money recebiam auxílio emergencial, mas ganhavam tanto com o tráfico de drogas que desdenhavam da ajuda federal. Segundo o chefe da delegacia da Polícia Federal em Barra do Garças, Murilo de Oliveira Freitas, eles queimavam o dinheiro para fazer fogo com carvão em churrascos. Ele coordenou a deflagração da ação policial, ontem (20), que prendeu sete pessoas e cumpriu 21 mandados de busca e apreensão.
“Colhemos imagens com queima de dinheiro com carvão para acender fogo, muito provavelmente desses valores [do Governo Federal], uma vez que os valores capitalizados pelo crime são muito maiores que os auxílios emergenciais”, disse o delegado, em coletiva à imprensa.
De acordo com Murilo, o dinheiro não tem relação com fraudes. “São pessoas que, por não terem atividade lícita, formalmente registradas, acabam se enquadrando nos requisitos abertos para que a pessoa receba, mas que possuem por detrás uma atividade criminosa que movimenta valores extremamente altos e que não tem a maior necessidade de onerar os cofres públicos”, disse.
A Hot Money teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava na região do Vale do Araguaia, principalmente em Barra do Garças, Querência, Porto Esperidião e Pontes e Lacerda em mato Grosso. Além de Jussara e Aragarças, em Goiás.
O nome da Operação deve-se ao fato de que todos os investigados têm no tráfico de drogas o seu modo de vida.
Nesse sentido, paradoxalmente, “esquentam o dinheiro” através do exercício da mercância de drogas ilícitas. Consequentemente, esse “dinheiro quente” em espécie é a única “fonte de renda” da maioria dos investigados.
Matéria retirada do site RDNEWS. Clique aqui para ver a matéria.