A mãe de uma adolescente de 13 anos registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil denunciando que a filha está sofrendo bullying por parte de colegas de turma na Escola Estadual Professora Ana Maria das Graças de Souza de Noronha, em Cáceres (220 km de Cuiabá), onde ela estuda. A queixa foi feita depois que a mulher flagrou a menor se mutilando.
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Conforme o registro policial, a mãe compareceu à delegacia da Polícia Civil de Cáceres e contou que a filha está sendo alvo de bullying desde fevereiro deste ano, mas decidiu denunciar o caso somente na tarde da última quinta-feira (14), após chegar em casa e encontrar a filha com ferimentos de automutilação nos braços, feitos com caco de vidro. Ela relatou que a adolescente é xingada pelos colegas, que proferem insultos de cunho racial, direcionados principalmente ao cabelo da garota, que os algozes se referem como “cabelo de bombril”.
A mãe da adolescente narrou, ainda, que os demais estudantes implicam até mesmo com a forma que a menina fala e também com sua aparência física. Por este motivo, a menor chegou a ser agredida por outra aluna na área externa do colégio. Por fim, a mulher disse que tomou conhecimento de que os colegas iriam contratar alguém para raspar o cabelo da vítima.
“Não quero nunca mais ver minha filha chegar e falar para mim o que ela falou hoje, que preferia morrer do que continuar nessa vida que ela está. Porque todo mundo fica falando que o cabelo dela é feio”, diz a mãe em um dos áudios que FOLHAMAX teve acesso.
No boletim de ocorrência, a mãe deixou claro que já tentou contato com os dirigentes da escola, mas nada foi feito para resolver a situação. Em uma outra gravação, ela afirmou que o coordenador da escola tentou fazer um acordo com ela para que não denunciasse a violência psicológica que a filha está sofrendo. A mãe não acatou o pedido.
“Tentei, fui na escola várias vezes e ninguém fez nada. Então, resolvi por conta própria”, contou. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Procurada pelo FOLHAMAX, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para acrescentar o posicionamento da Secretaria.
AJUDA
O Centro de Valorização à Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente em todo o Brasil. O atendimento é realizado pelo telefone 188 (24 horas por dia e sem custo de ligação), chat, e-mail e pessoalmente em alguns endereços. No site https://cvv.org.br/ também é possível buscar ajuda.
Reprodução: Folha Max
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