A Justiça de Mato Grosso manteve a prisão temporária do influenciador digital Luiz Gustavo Almeida Silva, de 26 anos, preso durante a Operação Tiger Hunt, deflagrada pela Polícia Civil. A decisão foi proferida pela juíza Raíssa da Silva Santos Amaral, da 4ª Vara Criminal de Cáceres, durante audiência de custódia realizada na segunda-feira (9).
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Natural de Cáceres, Luiz Gustavo se apresenta nas redes sociais como “gamer profissional”, investidor esportivo e jogador de slots. No Instagram, é conhecido como “Guusta06”, onde exibe uma rotina de ostentação com jet-skis, lanchas e carros de luxo — apesar de somar pouco mais de 5,9 mil seguidores. A mesma moto aquática que aparece em várias postagens dele foi apreendida pela polícia.
Momentos antes de ser preso, ele publicou um vídeo apostando em uma plataforma digital e comemorando: “Como é bom saber a hora certa de subir a bet, de 500 a 2k em menos de 5 minutos. Plataforma boa é outra história!”. O conteúdo reforçou as suspeitas contra ele.
De acordo com a decisão judicial, a prisão temporária foi decretada em 27 de maio, com fundamentação legal e proporcional à gravidade dos crimes investigados. A juíza ressaltou que não há qualquer nulidade ou ilegalidade na decisão, o que justificou a manutenção da prisão de Luiz Gustavo.
A investigação aponta que ele integra um grupo criminoso responsável por crimes como lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar — com foco no chamado “Jogo do Tigrinho” (Fortune Tiger), modalidade de aposta online que ganhou popularidade nas redes sociais.
Segundo a Polícia Civil, o grupo utilizava influenciadores digitais para divulgar vídeos com resultados manipulados. Com acesso a versões de demonstração do jogo e senhas programadas para garantir vitórias falsas, os suspeitos encenavam ganhos rápidos e altos, incentivando seguidores a apostarem em plataformas ilegais.
Além disso, os investigados compravam CPFs de pessoas vulneráveis por valores entre R$ 50 e R$ 100, usando os dados para abrir contas bancárias digitais utilizadas na movimentação de dinheiro ilícito. As investigações apontam que as empresas envolvidas serviam para lavar dinheiro e ocultar o real patrimônio do grupo.
Durante os cinco meses de apuração, conduzidos pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cáceres, foi identificado um expressivo aumento no padrão de vida dos investigados. Eles passaram a adquirir imóveis, veículos de luxo, joias e a frequentar restaurantes caros, ostentando uma vida financeira incompatível com suas atividades declaradas.
A operação cumpriu quatro mandados de prisão, cinco de busca e apreensão, além do sequestro de bens móveis e imóveis, quebra de sigilos bancário e telefônico, e suspensão das atividades de empresas ligadas aos investigados. A Tiger Hunt integra o programa Tolerância Zero do Governo de Mato Grosso, voltado ao combate de facções criminosas e crimes de alto impacto econômico e social.
Fonte: Folha5
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