Segundo a tutora de Sofia, Izis Gonçalves, a gatinha era o xodó da família e companhia da filha dela, de 3 anos, diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A gata Sofia, morta a machadada por Elias Alves de Andrade, professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), tinha dona e era uma fonte de apoio para uma criança autista de apenas 3 anos. O animal foi assassinado pelo idoso, de 74 anos, na segunda-feira (15), no bairro Jardim Califórnia, em Cuiabá. Segundo a tutora de Sofia, Izis Gonçalves, a gatinha era o xodó da família e companhia da filha dela, diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
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Em uma mensagem publicada em um grupo de protetores de animais a qual a reportagem teve acesso, Izis, tutora de Sofia, escreveu que a gata auxiliava no tratamento de sua filha, de apenas 3 anos, e que é autista não verbal. As únicas interações feitas pela criança eram com o animal.
“Na segunda-feira, minha Sofia virou estrela, uma pessoa que nem consigo descrever o tipo causou essa dor na minha família. Me senti arrasada e confesso que cheguei a pensar que mesmo agindo pelos trâmites legais, não senti no coração que seria feito justiça tão rápido assim porque me senti sozinha nessa luta, sei que a justiça está lá para todos, mas em algumas vezes ela é lenta”, escreveu a tutora.
Ainda sobre o ocorrido, Iziz também agradeceu o apoio de ONGs e protetores animais que fizeram um protesto na manhã deste domingo (21) em frente a casa do assassino, no bairro Jardim Califórnia. No local onde o crime aconteceu, eles fizeram um “memorial” para a gata, pedindo para que a justiça puna o acusado da maneira que tem que ser.
“Essa manifestação é importante, sim, para mostrar que não apoiamos nenhum tipo de violência contra animais, mas é importante frisar que precisa ser pacífica. É importante frisar que nossas atitudes são intransferíveis, ou seja, ele cometeu esse ato, então ELE precisa responder pelo que fez na justiça. Cautela para que ele não se torne vítima”, dizia a mensagem encaminhada por Izis.
“Como sabem, sou mãe de quatro filhos, sendo a mais nova de 3 anos, autista não verbal, e que não lida bem com muitas pessoas, ambiente muito movimentado e barulho, por isso não posso participar, agradeço a cada um de vocês de coração e espero que corra tudo pacificamente”, acrescentou.
Justiça
Elias Alves de Andrade, de 74 anos, que além de professor aposentado também já foi vice-reitor da UFMT, segue sendo procurado pela polícia. A suspeita é de que ele não esteja mais em Cuiabá. Neste momento, a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) já instaurou um inquérito para apurar o caso.
Reprodução: ReporterMT
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