Cáceres, 7 de outubro de 2024 - 20:29

Fotos mostram antes e depois da cheia do Rio Paraguai na Praia do Daveron

 Duas fotos tiradas em anos diferentes mostram o contraste do Rio Paraguai durante período de seca e cheia, na Praia do Daveron, na junção com a baia de Cáceres (210 km oeste de Cuiabá). O primeiro registro aconteceu em outubro de 2021 e o segundo nesta semana.

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 Nascido e criado no Pantanal, João Arruda é pesquisador e realiza estudos sobre o Rio Paraguai e a cheia do Pantanal. Ele explica que a Praia do Daveron leva esse nome em homenagem ao cientista norte-americano Sólon Alexander Daveron, que no final da década de 30 se autoexilou na cidade.

 “Professor de Química na renomada Universidade de Stanford (Califórnia), Daveron nunca mais voltou aos Estados Unidos e faleceu em Cáceres. Seus restos mortais estão sepultados na área da praia e sua propriedade hoje funciona a Sematur [Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo]”, conta.

 A praia é uma das muitas de água doce do Rio Paraguai e hoje um dos principais pontos turísticos da cidade, onde, inclusive, acontece o Festival Internacional de Pesca Esportiva (Fipe). “É uma das praias de Água Doce do Rio Paraguai em Cáceres. Existem outras, porém devido à proximidade com a área urbana passou a ser além de muito frequentada na primavera e verão, também é o ponto de largada da pesca embarcada”, explica.

 Cheia do Rio Paraguai

 O volume de água chegou em estado de alerta nesta terça-feira (28), com 5,45 metros. Conforme os dados da Marinha do Brasil, essa é a segunda maior cheia da última década. O último registro aconteceu em 2014.

 Segundo o pesquisador, a previsão é de que o rio continue enchendo, mas isso não apresentaria risco à população. “Só representaria risco se essa chuva caísse em dezembro e janeiro. Se esse nível se elevasse acima da cota de alerta nos meses de verão”, disse. “Em abril começa a vazante, a tendência é que suba agora porque as comportas das usinas estão abertas. Elas estão cheias e soltam essa água para não romper a barragem e acontece essa elevação mesmo sem chuva em Cáceres. O que acarretaria um problema para a cidade de Cáceres é se estivesse chovendo bastante e o nível estivesse elevado, porque a água da baia represaria os canais, córregos que dão as drenagens aos bairros mais baixos da cidade”, acrescentou.

 Para as embarcações as cheias não causam problema. De acordo com o ambientalista, quanto mais cheio melhor para navegação. “O que se recomenda é cautela porque no período de cheia as plantas aquáticas se soltam e pode uma embarcação bater em um camalote e causar um acidente, uma madeira que roda, uma árvore que cai. Se recomenda toda cautela com a embarcação, principalmente à noite e na madrugada”.

Por causa da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) instalada no Rio Jauru, o pesquisador alerta para os riscos as comunidades banhadas pelos rios Jauru, em Indiavaí, Porto Esperidião e distrito do Limão. Neste local, os ribeirinhos já foram orientados a deixarem suas casas e procurar as residências de parentes ou alojamento na Escola Municipal Santa Catarina.

 Matéria retirada do portal de notícias Olhar Direto. Para acessar a matéria clique aqui.

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