As dez cidades mais visitadas para o turismo em Mato Grosso são: Cuiabá, Chapada, dos Guimarães, Nobres, Barra do Garças, Poconé, Cáceres, Tangará da Serra, Jaciara, Diamantino e Bom Jesus do Araguaia. Nelas, os turistas costumam ficar de cinco a sete dias e gastam, em média, mais de R$ 1 mil.
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O lazer e a visita à família e a amigos são os principais motivos que levam os viajantes a esses lugares. Os dados são resultado de uma pesquisa do Sebrae-MT.
Segundo a pesquisa, o estado tem mais de 62 mil pessoas ocupadas em atividades do turismo e mais de 46 mil empresas com atividade principal em turismo.
Por isso, entender o perfil dessas pessoas é importante para fornecer ao setor informações importantes que lhes permitam adaptar seus serviços e ofertas para atender as necessidades e expectativas dos clientes.
Diretor técnico do Sebrae/MT André Schelini explica que empresários devem ficar atentos ao fato de que de 30% a 40% dos turistas são famílias “Um exemplo é que de 30% a 40% dos turistas são famílias e essa é uma característica que é importante o empresário saber para que possa se preparar melhor, preparar o seu estabelecimento, preparar o seu atrativo para receber. Uma coisa é quando eu recebo individualmente as pessoas, outra coisa é quando eu recebo a família, eu tenho que considerar que existem crianças, eu tenho que ter atrativo para crianças”, detalha o diretor técnico do Sebrae/MT, André Schelini.
De acordo com a pesquisa, a maioria dos viajantes (41%) tem renda de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Uma grande parte (28%) ganha entre R$ 5 mil e R$ 10 mil.
Em seguida está o público que ganha de R$ 1 mil a R$ 2 mil (18%) e por fim, mais de R$ 10 mil (11%).
O curioso é que em algumas cidades essa faixa predominante varia: em Cáceres e Jaciara, a maioria dos turistas ganha entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, diferente dos outros oito municípios.
O perfil do turista é, em sua maioria, casado (53%) e tem entre 35 e 44 anos (29%).
As mulheres predominam (53%). Os solteiros representam 25% dos turistas e a faixa etária de 25 a 34 anos é a segunda mais representativa.
No entanto, em Diamantino, por exemplo, a faixa de turistas entre 45 a 54 anos é maior que nas demais regiões, atingindo 34,5%, enquanto a média do estado é 18,8%.
Conforme o levantamento, a maioria dos turistas que viajam em Mato Grosso ficam entre 5 a 7 dias (63%).
O segundo período mais comum é de 1 a 4 dias (32%) e o terceiro de 7 dias (25%).
Nos municípios de Jaciara, Cáceres, Chapada dos Guimarães e Nobres, especificamente, a quantidade de turistas que permanecem na cidade entre um e quatro dias é de aproximadamente 60%.
O principal motivo que leva os turistas às cidades mato-grossenses mais visitadas são lazer (69%), visita a família e amigos (55%), negócios (31%), aventura (18%) e cultura (15%).
Um reflexo disso é o resultado de onde eles se hospedam, a maioria ficando em hotéis ou casa de amigos e parentes (70%).
O restante se hospeda em Airbnb (17%), hostels (8%) e resorts (4%).
No entanto, em Barra do Garças, 35% dos turistas se ficam em Airbnb. Já em Tangará da Serra o destaque é para a casa de familiares ou amigos, que atinge 78% das estadias.
Em Cuiabá, 50% dos turistas se hospedam em hotéis. Um outro dado interessante, identificado pela pesquisa, é que a maior parte dos turistas viaja sozinhos (47%).
Em seguida, as companhias são, nesta ordem: parceiro, família e grupo de amigos.
Conforme o levantamento, 70% das pessoas que vão a Bom Jesus do Araguaia viajam sozinhas enquanto 50% das pessoas que vão para Chapada dos Guimarães vão com mais uma pessoa.
Esse perfil específico de cada cidade pode auxiliar os operadores de turismo a montar roteiros e pacotes.
Foi identificado que 60% dos turistas, que responderam a pesquisa, costumam visitar as cidades do estado de Mato Grosso.
O restante não visitam principalmente por não terem muito interesse em conhecer a região (42%), por pouco conhecimento sobre os locais (39%) ou pelo preço (20%).
“Mato Grosso hoje tem muitas oportunidades para que a gente possa trabalhar o turismo, porém a gente viu na pesquisa que 40% do nosso pessoal, do estado, ainda não conhecem as oportunidades do turismo. Divulgar mais os atrativos é fundamental para que a gente possa fortaleça esse setor”, afirma André.
Gastos
A maior parte do público (82%) gasta em média acima de R$ 1 mil em suas viagens; 15% despendem entre R$ 500 e R$ 1 mil.
Segundo a pesquisa, 60% dos turistas que visitam Chapada dos Guimarães e Barra do Garças gastam em média mais de R$ 2 mil.
Já os turistas que vão a Cáceres e Jaciara, pouco mais de 55%, estão dispostos a desembolsar de R$ 1mil a R$ 2 mil.
A procura maior ainda é no período de férias, com 62% dos viajantes; e nos feriados, com 20%. Conforme o estudo, 70% dos viajantes visitam outras cidades de uma a cinco vezes no ano; 20% menos de uma vez e 8% seis vezes ou mais.
Os motivos mais levados em conta para escolher as cidades são a natureza (60%), cultura local (35%) e patrimônio histórico (32%).
“É uma série de fatores que, analisados e aliados à inteligência de mercado, irão ajudar o Sebrae a dar o melhor suporte para o empresário e ajudar ele a se preparar melhor e conhecer melhor o seu cliente, o seu turista”, finaliza Schelini.
Reprodução: Kethlyn Moraes/RDNEWS
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