Cáceres, 25 de novembro de 2024 - 08:55

Estudo americano estima que MT chegará a 10 mil mortes de covid até 30 de abril

 Um estudo de projeção realizado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington (EUA), estima que Mato Grosso deve atingir 10.040 mortes até 30 de abril. O pico da mortalidade deve ocorrer ainda no fim de semana.

 A pesquisa aponta que, seguindo o fluxo atual, haverá 11.112 mortes por covid-19 até 1° de julho. Até 7 de abril, o número de óbitos registrado será de 8.234. Em 6 de abril, 107 mortes foram registradas, a projeção aponta que essa média alta deve ser manter pelos próximos dias.

 O número de mortes deve começar a descer só em 21 de abril, quando a média deve ficar em 87 óbitos em Mato Grosso.

 Os dados da pesquisa foram atualizados no dia 1º de abril e constam projeções do mundo todo. A estimativa para todo o Brasil é que até do fim de abril os número de mortes chegue a 424.733 e, em julho o número chegue a 562. 863. O boletim de 7 de abril apontava que o país tinha perdido 336.947 vidas.

 A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também desenvolve estudo semelhante desde que os primeiros casos foram registrados no estado. Contudo, o balanço divulga apenas o número de casos, embora levantamento feito internamente aponta para dados de mortes semelhantes ao estudo americano.

 De acordo com o matemático professor da UFMT, Moises Cecconello, a metodologia usada pelo estudo americano é o mesmo adotado pela universidade, o Seir.

A pesquisa aponta que haverá 11.112 mortes por covid-19 até 1° de julho.

 “Não projetamos o número de mortes, porque faltam alguns dados. Não tem tanta transparência e isso prejudica o cálculo e compromete a pesquisa. Por isso fazemos somente o número de casos”, explica o matemático.

 O professor explica que os dados de projeção consideram o histórico de contágio até então, aplicado ao modelo Seir que estima o cenário futuro.

 De acordo com o matemático, apesar dos cálculos, o resultado vai depender do comportamento das pessoas. Dessa forma, o declínio no número de mortes esperado para o fim do mês, como mostra os dados americanos, deve refletir o fechamento imposto a todo o estado entre o fim de março e começo de abril.

 Dados de vacinação nem são considerados, pois são poucas pessoas vacinadas e não impactam, ainda, na redução  dos óbitos.

 “A partir da próxima semana vamos perceber uma redução do número de infecções e de casos”, destaca o docente.

 Conforme a nota técnica divulgada pela UFMT, o número de contaminações diárias deve girar em torno de 2.400 nos próximos dias. Somente em maio a contaminação deve começar a reduzir de forma considerável.

 A médica Natasha Slhessarenko esclarece que 80% dos casos são leves ou assintomáticos, mas há aqueles 20% em que há sintomas mais severos e que podem levar à morte. Por isso é importante monitorando esses pacientes, com exames clínicos, taxas de coagulamos e oxigênio.

 “Não há estudo médico que fale quando a situação vai melhorar. Mas acredito que foram dias piores foram em março. Já percebemos uma redução em cidades do Rio Grande do Sul, mas ainda é muito cedo. Isso depende muito do comportamento da população de não se aglomerar. Não fazer festa. Isso vai ser crucial na definição dos próximos dias”, explica a médica.

 Matéria retirada do site Gazeta Digital. Clique aqui para ver a matéria.

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