Magistrado mandou MPE investigar suspeita de golpe
O juiz da 1ª Vara Cível de Falências de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, negou o processamento da recuperação judicial da Metaverso Assessoria de Investimentos , localizada na Capital, e que acumula R$ 21,1 milhões de dívida. A organização não teria certeza de que possui funcionários ou que ainda esteja em funcionamento.
Nos autos, a organização conta que iniciou suas atividades em 2021 por meio de um canal no Youtube e que posteriormente passou a “gerir carteiras de negócios”. O faturamento, porém, teria sofrido uma “queda” depois das eleições dos Estados Unidos, que escolheram o republicano Donald Trump como presidente.
“Afirmou que no início, o escopo empresarial era apenas compartilhar informações por meio de um canal de vídeos ao vivo na plataforma Youtube, contudo, logo obtivemos as sugestões para gerenciar carteiras e negócios. Asseverou que a maior parte das operações foi alavancada de modo atrelado ao preço do dólar e em criptomoedas, porém o cenário financeiro mudou drasticamente desde o resultado das eleições americanas e embora se observe recuperação mercadológica gradual, as perdas do período ainda não foram compensadas pela retomada”, diz trecho do processo.

Durante a constatação prévia determinada pelo juiz para verificação das condições permitidas para o processamento da recuperação judicial, porém, a empresa não conseguiu comprovar que possui funcionários ou, sequer, que ainda esteja em funcionamento. “Não há qualquer acusação de que a empresa permaneça exercendo suas atividades, e inobstante o sócio responsável tenha informado que ‘os funcionários trabalhando em regime de home office’ não se juntaram aos autos qualquer comprovação, como por exemplo, folha de pagamento de funcionários, lista nominal de colaboradores ou cadastro de pessoal dos recursos humanos”, instruiu o magistrado.
Márcio Aparecido Guedes também encaminhou o processo ao Ministério Público do Estado (MPMT) para “tomada das providências criminais eventualmente cabíveis”, o que sugere que os clientes do Metaverso podem ter sido vítimas de um golpe. Apesar do processamento da recuperação ter sido negado, a empresa não teve falência decretada.
Fonte: FolhaMax
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