Estudo mostra que 75,9% das rodovias de Mato Grosso apresentam algum tipo de problema, sendo consideradas regulares, ruins ou péssimas. A pesquisa é feita pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e leva em conta as rodovias estaduais e federais pavimentadas do Estado.
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Conforme o levantamento, em 2023, foram analisados 5.900 km em Mato Grosso, que representam 5,3% do total pesquisado no Brasil. Do total, apenas 24,1% da malha é considerada ótima ou boa.
Segundo o estudo, foram identificados sete pontos críticos. As rodovias com trechos em pior estado foram a BR-174, BR-364 e MT-235, na região de Sapezal e Campo Novo do Parecis; e a MT-358 e MT-343, na região de Tangará da Serra, Barra do Bugres e Diamantino.
A BR-174 também apresenta trechos em situação regular na região de Cáceres e Pontes e Lacerda. Já a BR-163 tem um grande trecho regular que passa pelas regiões de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Diamantino.
A pesquisa ainda mostra um trecho de 12 km da MT-208 na saída de Alta Floresta, a MT-240 entre Diamantino e Arenápolis e a MT-343, entre Nortelândia e o distrito de Assari. Trechos em que a qualidade do asfalto é considerada como regular.
Sobre a pavimentação, 67% tem problemas. A sinalização também é deficitária, visto que quase 60% está em condição regular, ruim ou péssima. O estudo também constatou que falta acostamento em 60,1% dos trechos avaliados e 41,4% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
Custos
Conforme a CNT, as condições do pavimento no Estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 30,9%, o que se reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
Já o prejuízo gerado por acidentes foi de R$ 494,6 milhões em 2022. No mesmo ano, o Governo gastou R$ 69,62 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.
Em 2023, estima-se um consumo desnecessário de 71,2 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no Estado. Esse desperdício custará R$ 468,47 milhões aos transportadores.
Investimentos
O estudo estima que, para recuperar as rodovias em Mato Grosso, com ações emergenciais (reconstrução e restauração) e de manutenção, são necessários R$ 3,48 bilhões.
Do total de recursos autorizados pelo Governo Federal para a infraestrutura rodoviária, especificamente em Mato Grosso, em 2023 (R$ 394 milhões), foram investidos R$ 25 milhões até setembro (6,4%).
Outro lado
Após a publicação do estudo, o Governo do Estado informou que a maior parte das rodovias, 74,28%, são federais. Dos outros 25,72%, ou seja, 1.698 km de rodovias estaduais, 1.456 km estão atualmente concedidas para a iniciativa privada, enquanto 242 km são administrados pelo governo estadual.
Sobre o trecho citado com a qualidade do asfalto ruim, no caso a MT-235, no trecho entre Campo Novo do Parecis e Sapezal, o Governo afirmou que essa é uma das estradas com tráfego mais pesado de carretas em Mato Grosso e esse trecho já está sendo restaurado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT). Segundo a Pasta, a obra recebe um investimento de R$ 83,7 milhões e deve ser finalizada no primeiro semestre de 2024.
Um outro trecho que recebeu avaliação negativa foi a MT-483, no Anel Viário de Rondonópolis. Segundo o Governo, foi executado ao longo de 2023 a reconstrução total da via, que há anos sofria com pavimento precário. A pesquisa, alega o Governo, foi realizada justamente durante as obras, período em que a estrada estava com a sinalização incompleta e trechos interrompidos. O investimento foi de R$ 27,3 milhões.
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