Deputados da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (AL) querem revogar a intervenção que o governo do Estado está realizando no Hospital São Luiz, em Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá). Com a intervenção, o Estado passa a administrar a unidade de saúde, assim como acontece atualmente no Hospital Estadual Santa Casa. Uma proposta para mudar a situação será apresentada na sessão desta quarta-feira (13).
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Durante uma audiência pública realizada em Cáceres na segunda-feira (11), os parlamentares discutiram os problemas no atendimento, já que o hospital também recebia pacientes com plano de saúde. Com a intervenção, o São Luiz deixa de ser um hospital privado filantrópico e passa a ser gerido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), como um anexo do Hospital Regional de Cáceres.
“O governo estadual aumentou um problema que já existia, buscando um remédio que não era adequado para o problema anterior. Não há outra saída a não ser revermos a decisão que o governo tomou, que foi uma decisão sem diálogo nenhum e completamente equivocada. Ao decretar intervenção, o governador fecha as portas para os usuários da saúde suplementar e os coloca na mesma fila em que estão os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que já tinha problemas de natureza assistencial”, criticou o deputado Lúdio Cabral (PT).
Segundo relatos dos profissionais de saúde e da população durante a audiência, realmente o hospital tinha problemas administrativos, porém, quando o Estado assumiu a gestão, pessoas com planos de saúde ficaram sem atendimento e passaram a procurar o SUS, superlotando ainda mais as unidade de saúde públicas.
Apesar da decisão do governo de gerir o hospital, a medida pode ser derrubada se a Assembleia aprovar um decreto legislativo derrubando a requisição administrativa.
“O Hospital São Luiz tinha um contrato com o SUS e tinha responsabilidades. E o governo alega que essas responsabilidades não estavam sendo cumpridas. De fato, havia muitos problemas, recebíamos sempre muitas denúncias relacionadas à qualidade do atendimento do hospital. Mas o governo deveria cobrar o cumprimento do contrato, em vez resolver decretar uma intervenção”, enfatizou Lúdio. (Com informações da assessoria)
Matéria retirada do portal de notícias Gazeta Digital. Para acessar a matéria clique aqui.
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