A honraria foi aprovada em abril de 2017, por votação simbólica no plenário, mas virou objeto de polêmica.
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A Assembleia Legislativa concedeu o título de Cidadão Mato-grossense ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A honraria, aprovada em abril de 2017, não havia publicada no Diário Ofical devido à polêmica por conta das acusações que enfrentava na época da Operação Lava Jato, quando chegou a ficar preso por 580 dias, até os processos serem anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De autoria do deputado estadual Valdir Barranco, presidente do PT de Mato Grosso, a honraria foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislartiva nesta semana, retroativa ao dia 31 de agosto.
Ao RDNEWS , Barranco disse que, diante de todos os feitos que o presidente Lula fez ao Estado desde o início do terceiro mandato, o título é “mais que merecido”.
“Esse título foi concedido por mim em 2017. Só faltava a publicação. Pelo que Lula já fez por Mato Grosso nos primeiros oito meses desse governo, ele já merece o título de Cidadão Mato-grossense, como exemplo a inclusão de Mato Grosso no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com mais de R$ 60 bilhões em investimentos, com destaque para as obras das rodovias 158, 242, 080 e com a Ferrogrão, a licença ambiental para início das obras da BR-158, a transferência da BR-163 ao Governo do Estado, as 40 mil casas do Minha Casa, Minha Vida, a conclusão e inauguração do Minha Casa Minha Vida em Rondonópolis e a retomada do programa Bid Pantanal com R$ 1 bilhão em investimentos”, pontuou.
A honraria foi aprovada em abril de 2017, por votação simbólica no plenário. Logo após a aprovação, o Movimento Brasil Livre (MBL) divulgou vídeo contestando a decisão da Assembleia de homenagear um político “acusado de corrupção” e “sem compromisso com Mato Grosso”.
Instigado pelo MBL, o então deputado estadual Daltinho (SD) fez requerimento à Mesa Diretora pedindo a anulação da votação que aprovou o título a Lula. À época, alegou que votou favorável sem saber do conteúdo da matéria.
O presidente da Assembleia Eduardo Botelho (União Brasil) chegou a declarar que não poderia anular a votação. Depois, pressionado pelo antipetismo em alta no Estado, disse que a decisão do plenário seria revista.
A notícia que Botelho anulou o título de Cidadão Mato-grossense chegou a ser divulgada pela imprensa. Entretanto, nenhum ato administrativo foi adotado pela Mesa Diretora anulando a concessão e o projeto de Resolução aprovado em 2017 continua em vigor e agora foi promulgado com a publicação no Diário Oficial da Assembleia Legislativa.
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