Cáceres, 28 de novembro de 2024 - 17:42

Dependentes químicos de Cáceres migram para um casarão histórico no centro

 Desalojados há duas semanas por ordem judicial cerca de 50 pessoas entre homens e mulheres, quando três imóveis foram demolidos. Nesta quinta feira (14.12), a maioria em situação de rua, está se alojando num casarão centenário localizado na área central da cidade.

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 O imóvel de tipologia colonial portuguesa com beiral de cimalha , faz parte do conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico ( Iphan), pertence a família Arruda Figueiredo, situa se primeiro quarteirão da Rua Padre Casimiro, possui uma extensão total de 1.772 metros quadrados  com acesso à três ruas é  composto pela casa grande,   casa no miolo e um amplo terreno aos fundos.
O imóvel está desocupado e à venda.

 Os usuários de drogas não encontraram dificuldades para adentrar aos cômodos, onde iniciaram a ocupação com pequenos grupos,  e quem acessa aquele setor nota se um contingente expressivo.

 Nas imediações do casarão há uma ampla rede de prestação de serviços médicos com várias clínicas,   consultórios,  laboratórios, farmácias e o maior hospital  da cidade o São Luiz,  que atende pacientes tanto do privado quanto do público (Sus) . Mais ao norte do casarão ocupado outro complexo hospitalar este da Unimed Cáceres.

 Donos de clínicas médicas,  comerciantes em contato com a reportagem, cobraram das autoridades locais providências.

 “Não se trata de preconceito com essas pessoas que são dependentes químicos,  mas  eles acabam causando transtornos e incômodos à todos,  nao basta demolir locais de revenda de drogas  faz se necessário complementar à ação levando esses usuários para internação compulsória nos centros de recuperação de dependentes químicos”, apontou um médico que atende em sua clínica nas proximidades da área do casarão. “O quê se espera é que as autoridades não penalizem os herdeiros dessa casa, pois o Iphan não permite alteração na edificação e com muro baixo à invasão é facilitada”, complementou o médico.

 À reportagem nao conseguiu o contato com a família proprietária do imóvel. Entretanto o espaço segue aberto para manifestação.

 Reprodução: João Arruda/Jornal Cacerense

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