A onda de crimes começou no dia 10 de abril e contou com a participação de outros dois comparsas, de 15 e 17 anos.
O criminoso Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, preso por envolvimento no triplo assassinado de motoristas de aplicativo na Grande Cuiabá, contou em depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), nesta terça-feira (16), que uma das vítimas não foi executada por ‘falar constantemente sobre Deus’ e possuir a fotografia de sua filha no aparelho celular.
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A onda de crimes começou no dia 10 de abril e contou com a participação de outros dois comparsas, de 15 e 17 anos, que também foram apreendidos. Foram mortos pelo trio os motoristas Nilson Nogueira, de 42 anos, Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, e Elizeu Rosa Coelho, 58.
De acordo com documento, Lucas contou que conheceu os outros dois comparsas há cerca de um mês em Várzea Grande e que começaram a planejar roubar alguns motoristas de aplicativo.
No primeiro crime, eles solicitaram uma corrida por aplicativo e, durante o trajeto, e em posse de uma faca, eles renderam a vítima e anunciaram o assalto.
A vítima foi obrigada a entrar no porta-malas do carro e então eles seguiram até uma distribuidora onde conseguiram sacar uma quantia em dinheiro do cartão do motorista e comprar cigarro.
Em seguida, eles partiram em direção a uma região isolada nas proximidades de uma rodovia federal. Lá, Lucas contou que a intenção era matar o homem, mas a vítima implorou e começou a falar de Deus.
“Depois de sacarem o valor do PIX da vítima e comprarem cigarros é que se dirigem até a uma BR, que não sabe informar onde seja e ‘soltam a vítima’; que afirma que iriam matar a vítima, mas como o rapaz falava muito de Deus e o interrogado viu na tela de proteção do celular da vítima, a foto da filhinha dele, o interrogado e o comparsa decidiram não matar aquela vítima e o soltaram; que subtraíram o celular e o veículo da vítima, um GM/Onix, prata”, diz trecho de depoimento.
Em entrevista coletiva, o delegado Nilson Farias, da DHPP, disse que os criminosos afirmaram no depoimento que após a primeira morte eles tomaram “gosto” pelo crime e que a intenção deles era continuar matando.
“Esses indivíduos passaram a gostar da prática do homicídio, eles passaram a praticar de forma reiterada. Quinta-feira, sábado e domingo e se não tivessem sido localizados pela polícia, talvez eles iriam cometer mais crimes, porque é um comportamento progressivo, onde esses indivíduos pegaram gosto por matar motorista de aplicativo”, revelou.
O caso segue em investigação.
Fonte: RepórterMT
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