Professora formalizou denúncia e escola busca medidas para lidar com a situação do bullying na unidade
Uma professora de uma escola estadual em Cáceres, registrou um incidente na delegacia após o pai de um aluno invadir sua sala de aula e ameaçar estudantes apontados como autores de bullying contra seu filho. O caso ocorreu na última sexta-feira (9), e gerou grande tensão entre os presentes.
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De acordo com o relato da professora, o pai entrou na sala de aula sem autorização, acompanhado do filho. Visivelmente alterado, ele teria perguntado ao seu filho quem o estava praticando bullying contra ele. Após a criança ter apontado os três colegas, o pai repetiu a pergunta e, com a confirmação do filho, dirigiu-se aos alunos dizendo: “Ok, vocês vão ver”, em um tom considerado intimidador e ameaçador pela professora.
A docente expressou em seu relato repúdio a qualquer forma de bullying ou violência escolar e manifestou solidariedade ao aluno vitima, que, segundo ela, teve uma crise de ansiedade e precisou ir para casa antes mesmo que a professora tomasse conhecimento do ocorrido. Ela reforçou que a escola não compactua com esse tipo de comportamento e que está à disposição para contribuir com as medidas necessárias para acolher a vítima e conscientizar a turma.

No entanto, a professora ressaltou que a atitude do pai, embora provavelmente motivada por forte abalo emocional, foi inadequada. A forma como ele entrou na sala e abordou os alunos gerou constrangimento, medo e tensão entre todos. Ela enfatizou a importância de preservar o ambiente escolar como um espaço seguro e de seguir os trâmites institucionais adequados em situações como essa.
Após o incidente, a professora procurou a coordenação pedagógica, que a orientou sobre as medidas a serem tomadas em relação ao comportamento dos alunos envolvidos no bullying e à atitude do pai da vítima. A coordenação indicou os próximos passos a serem seguidos pela escola.
A professora relatou que suspeita que o pai agiu impulsivamente, motivado pelo sofrimento do filho e pelo impacto da situação. Ela acredita que sua intenção não era causar mal, mas sim proteger o filho, ainda que de maneira inadequada. A professora também mencionou que a criança vítima é um aluno excelente, querido e dedicado, mas que já havia enfrentado bullying em outra escola no ano anterior, o que pode ter influenciado sua reação e a intensidade da preocupação do pai.
As autoridades policiais deverão investigar o caso. A escola deverá tomar medidas em relação aos alunos apontados no suposto bullying, seguindo o seu regimento interno e as diretrizes pedagógicas. Também caberá à instituição avaliar as medidas a serem tomadas em relação à conduta do pai.
Fonte: Joner Campos I Cáceres Noticias
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