Cáceres, 5 de maio de 2025 - 23:18

Rapper P. Diddy vai a Júri por tráfico sexual; pena pode ser perpétua

Rapper P. Diddy vai a Júri por tráfico sexual; pena pode ser perpétua

 Com histórico de 63 denúncias, artista está preso desde setembro de 2024 e nega todas as acusações.

 Nesta segunda-feira, 5, o rapper Sean “Diddy” Combs – também conhecido como P. Diddy – comparecerá ao tribunal do Distrito Sul de Nova Iorque para a etapa de seleção do Júri que definirá os rumos de um dos casos criminais mais midiáticos dos últimos anos.

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 O artista é acusado de tráfico sexual pela ex-namorada, a cantora de R&B Cassie Ventura. Caso seja considerado culpado, Diddy poderá enfrentar a pena de prisão perpétua.

 Desde fevereiro de 2024, o rapper tornou-se réu em 63 processos judiciais, que englobam denúncias de agressão sexual, violência doméstica, tráfico de drogas, exploração sexual e até estupro coletivo.

 Embora a maioria dessas ações ainda não tenha sido formalmente incorporada à acusação Federal, o caso movido por Cassie Ventura – encerrado por meio de um acordo extrajudicial apenas um dia após sua apresentação, em novembro de 2023 – desencadeou uma onda de novas denúncias.

 O episódio serviu como gatilho para que outras supostas vítimas ganhassem coragem para vir a público.

 Ao todo, os processos foram instaurados por 63 pessoas – 26 homens e 37 mulheres – entre elas aspirantes a músicos, participantes de reality shows e indivíduos que conheceram o artista em eventos ligados à indústria do entretenimento.

Como será o início do julgamento?

 Nesta manhã, Diddy será escoltado por agentes Federais até o tribunal Federal localizado em Lower Manhattan.

 Ele deve estar presente na sala de audiências do juiz distrital Arun Subramanian às 8h30 (horário local).

 O magistrado conduzirá o processo de seleção do Júri – conhecido como voir dire – por meio de entrevistas individuais com cerca de 150 candidatos previamente escolhidos a partir de questionários destinados a identificar possíveis vieses.

 O objetivo é formar um grupo composto por 12 jurados e seis suplentes, todos considerados imparciais, apesar da intensa cobertura midiática que o caso vem recebendo.

 Como medida de proteção, especialmente comum em julgamentos de grande repercussão, a identidade dos jurados será mantida em sigilo, a fim de evitar pressões externas, ameaças ou assédio.

 A previsão é de que a seleção do júri seja concluída até o final da semana. As declarações iniciais estão marcadas para o próximo dia 12.

 

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Acusações

 Segundo os promotores, Diddy teria utilizado a estrutura de sua empresa, a Combs Enterprises, para coagir mulheres a participar de festas sexuais que duravam dias, regadas a drogas e organizadas com a presença de prostitutas.

 Esses eventos, apelidados por ele de “Freak Offs”, teriam sido gravados em vídeo, muitas vezes sem o consentimento das vítimas.

 A acusação também aponta que armas encontradas na residência do artista tinham números de série adulterados e que ele esteve envolvido em crimes como sequestro, incêndio criminoso e subornos, com o intuito de intimidar testemunhas e obstruir investigações.

 Ao todo, Diddy responde a cinco acusações formais: conspiração para extorsão, duas por tráfico sexual e duas por transporte para fins de prostituição.

 O veredito do Júri deverá ser unânime. Caso condenado por todas as acusações, o rapper enfrentará uma pena mínima de 15 anos de prisão, podendo chegar à prisão perpétua.

Testemunhas

 Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy, será uma das principais testemunhas do julgamento, acompanhada de outras três mulheres que prestarão depoimento sob pseudônimos. Entre as provas, será exibido aos jurados um vídeo que mostra o rapper chutando e arrastando Cassie por um corredor de hotel, gravação feita em março de 2016.

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Defesa

 Segundo o New York Post, a estratégia da defesa será alegar que todas as atividades sexuais ocorreram de forma consensual. O advogado Marc Agnifilo afirmou que o estilo de vida “swinger” adotado por seu cliente não configura crime.

Prisão

 Desde setembro de 2024, o rapper está detido em uma penitenciária no Brooklyn – não muito distante do Harlem, onde nasceu. A prisão ocorreu em um hotel de Nova York, após operação conduzida por agentes do departamento de segurança Interna.

 Em maio do mesmo ano, buscas realizadas em suas residências em Los Angeles e Miami resultaram na apreensão de cerca de mil frascos de óleo de bebê e lubrificantes, supostamente usados durante os “Freak Offs”.

 

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Quem é P. Diddy?

 Aos 55 anos, Sean Combs é fundador da Bad Boy Records e foi uma figura central na popularização do hip-hop como elemento da cultura mainstream norte-americana.

 Conhecido por festas extravagantes nos Hamptons e em Saint-Tropez, ele agora integra a lista de poderosos do entretenimento cuja conduta foi exposta após o movimento #MeToo.

 Paralelamente ao processo judicial, o documentário “Diddy: Como Nasce um Bad Boy”, atualmente disponível na plataforma Max, apresenta visão sobre o comportamento abusivo atribuído ao artista ao longo das décadas. A produção reúne imagens inéditas e depoimentos de vítimas, ex-parceiras e ex-funcionários que descrevem um padrão de abusos físicos, psicológicos e sexuais.

 Um dos relatos é o da cantora Sara Rivers, que acusa Diddy de abuso sexual ocorrido há duas décadas durante as filmagens de um reality show. O documentário também relembra um episódio trágico: um jogo de basquete beneficente promovido pelo rapper nos anos 1990, que resultou na morte de nove pessoas devido à superlotação.

 Fonte: Migalhes

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