A sentença, publicada nesta quarta-feira (12), reconheceu a ausência de provas que sustentassem sua participação no crime
Após passar mais de 20 dias detido sob acusação de envolvimento em um esquema de extorsão a uma lotérica em Cáceres (MT), um homem foi absolvido pelo juiz Elmo Lamoia de Moraes, da 3ª Vara Criminal do município. A sentença, publicada nesta quarta-feira (12), reconheceu a ausência de provas que sustentassem sua participação no crime.
O caso
O episódio ocorreu em 2021, quando o réu foi preso sob a suspeita de integrar uma organização criminosa que extorquia comerciantes locais. De acordo com as investigações, dois indivíduos teriam ameaçado o dono de uma casa lotérica para forçá-lo a instalar uma máquina de jogo do bicho no estabelecimento.
A ligação do homem ao caso se deu porque ele acompanhou os suspeitos até alguns comércios da cidade a pedido de um conhecido. No entanto, a defesa sustentou que ele não tinha conhecimento da extorsão e apenas atendeu ao pedido de um amigo para indicar locais na região.
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Testemunhos comprovaram inocência
Durante as investigações, as próprias vítimas confirmaram à polícia que ele não participou da extorsão e que, no momento da abordagem criminosa, a conversa ocorreu apenas entre os dois suspeitos e o proprietário da lotérica. Além disso, os corréus também afirmaram que ele apenas os acompanhou sem ter qualquer envolvimento com a tentativa de extorsão.
Decisão da Justiça
Diante da falta de provas que o vinculassem ao crime, o juiz determinou sua absolvição. Em sua sentença, destacou que não havia indícios de associação criminosa ou qualquer evidência de que ele soubesse das intenções dos envolvidos.
“Os demais corréus afirmaram que ele foi apenas convidado para mostrar os pontos na cidade a pedido de um amigo em comum, sem ter qualquer envolvimento com o que seria tratado entre os envolvidos. No mesmo sentido foi o depoimento do referido acusado, que negou qualquer participação e conhecimento acerca da intenção delitiva dos demais. Dessa forma, a absolvição é medida que se impõe”, escreveu o magistrado.
O caso ressalta a importância de uma investigação criteriosa antes da prisão de suspeitos, evitando que inocentes sejam privados de sua liberdade injustamente.
Fonte: Expressão Notícias
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