Cáceres, 30 de janeiro de 2025 - 19:16

Delegado: Não é porque a pessoa fez um sinal que ela vai ser morta por facção

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 Caio Albuquerque, que assumiu a titularidade da Delegacia de Homicídios de Cuiabá, disse que falsa informação gera caos na sociedade.

 O delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, Caio Albuquerque Junqueira, defendeu nesta semana que é preciso acabar com essa história de que fazer sinais de facção tem gerado mortes. Segundo ele, essa suposta motivação não passa de um “mito” criado para causar pânico na população.

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 “Vamos deixar bem claro, como eu falei: a investigação busca um motivo. Essa questão de sinal, a gente precisa desmistificar. Vamos afastar essa conversa, afastar essa história, vamos para o concreto. Não é porque a pessoa faz sinal que vai descambar para o resultado morte”, disse à imprensa.

 “A gente precisa entender as coisas, senão fica uma sensação de insegurança, de medo, de um caos. O que a gente tem que demonstrar é porque determinada pessoa veio a óbito e, digo, asseguro, não é por conta de sinal. É por conta de um motivo que a investigação vai revelar”, completou.

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Caio Albuquerque, que assumiu a titularidade da Delegacia de Homicídios de Cuiabá

 O tema passou a ser discutido de forma mais ampla após o brutal assassinado das irmãs Rayane Alves Porto, 25 anos, candidata a vereadora, e Rithiele Alves Porto, 28 anos, na cidade de Porto Esperidião (325 km de Cuiabá).

 Sem ligação com o crime organizado, as duas foram sequestradas, torturadas e mortas a golpes de faca no dia 14 de setembro do ano passado. As investigações do caso revelaram que o crime foi cometido após elas postarem fotos nas redes sociais supostamente reverenciando uma facção rival.

 O crime, ordenado por um líder da facção Comando Vermelho, teria sido assistido por ele de dentro da Penitenciária Central do Estado. O inquérito que investiga a morte das vítimas foi concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público (MPMT).

 De acordo com o delegado, todo crime tem sua motivação e atribuir um homicídio ao sinal que uma pessoa fez com os dedos ou por vir de um estado dominado por organizações rivais, seria uma “falácia”.

 “A gente sabe que facções e organizações criminosas têm os ditames. Tem alguma coisa que a vítima fez, mas concretamente demonstrado, que descambou no homicídio. Isso em qualquer homicídio. A gente vai buscar o motivo, obviamente injustificado. Mas eu repito: sinal é uma falácia”, garantiu o delegado.

 “A gente precisa afastar [essa informação], e que as pessoas tenham paciência, que as pessoas acalmem-se para afastar essa história de que sinal descamba para a morte. As pessoas falam, mas o que eu acho que todo mundo tem que se preocupar e se atentar é o que a investigação criminal revela. Não dá pra ficar nessa sensação de pânico, de medo, de insegurança”.

 Fonte: ReporterMT

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