Dois navios de transportes de viaturas e de tropas recém fabricados adquiridos pelo Exército Brasileiro, desde a madrugada de quarta feira (20), estão ” retidos “ no Porto da Operários, em Cáceres – a 210 quilômetros Oeste de Cuiabá-, motivo à tripulação de ambos, não possuía habilitação para comandar as duas embarcações de médio porte. A notificação foi feita por militares da Agência Fluvial de Cáceres, após denúncia anônima. Qualquer movimentação de barcos com esse calado, exige se autorização.
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Os navios Gigante Pantaneiro e Soldado Simeão Fernandez, nomenclaturas dos navios, foram comprados pelo Ministério do Exército Brasileiro, junto ao Estaleiro Bibi, com sede em Manaus, ao custo total de R$ 10 milhões. E, de acordo com o portal transparência cerca de 90% já foram quitados com o empresa Naval Bibi, sediada na capital do estado do Amazonas.
Os navios foram construídos em Cáceres, no Mato Grosso. Porém, serão empregados em missões nos municípios de Corumbá ( Gigante Pantaneiro) e o congênere servirá de base para operações embarcadas na cidade de Porto Murtinho.
As duas embarcações não foram entregues formalmente ao Exército Brasileiro.
A tripulação se valendo das nomenclaturas verde oliva, à surdina suspendeu o ferro (ancora), ao arrepio das instruções normativas para navegação, orientações estas que impõe as mesmas ordens tanto para navegação civil ou militar , excetuando apenas à Marinha do Brasil.
Ao ser notificado por oficiais da Marinha, à tripulação manauara, tentou dar um álibi, de que desconhecia a legislação. No entanto, não adiantou, foram notificados, multados e receberam ordens para não se deslocarem sem a devida regulamentação.
A reportagem localizou os dois navios, atracados à bombordo da Chalana Barão do Pantanal, no Porto da Operários, no Rio Paraguai, área que margeia parte sul do Centro Histórico de Cáceres.
A reportagem tentou um contato com o magnata Alcimar Silva Motta, bilionário de Manaus, tido como o tubarão no ramo da construção naval. A informação de ele, estaria gozando de férias na Europa.
Enquanto isso seus tripulantes estão na “bóia ” dependendo de favor das embarcações de Turismo da qual estão ” ajojados ” ( atracados num glossário de termos pantaneiros).
Em contato via telefone com capitão Magno Luís de Moura, comandante da MB em Cáceres, que se encontra no Rio de Janeiro, ele confirmou os fatos. Contudo, tratou de isentar o Exército Brasileiro, visto que , segundo ele, o EB, não recebeu os navios. Portanto, estaria na condição de terceiro de boa fé.
A reportagem apurou que o deslocamento na calada da madrugada, teria como uma tentativa de não saldar dívidas como energia e locação do espaço onde os navios e tripulação ficaram baseadas. ” Queriam levar no peitoral de angico” comentou Manoel Francisco Cardoso, o Mané Trovoada, um pescador humorista, peitoral de angico, é calote no linguajar pantaneiro.
SIMEÃO FERNANDEZ
O batismo do Navio Simeão Fernandez, o Exército Brasileiro, homenageia um dos mais brilhantes heróis brasileiros que combateram na Segunda Guerra Mundial, o soldado Simeão Fernandez.
Simeão nascido em Porto Murtinho, comandava uma patrulha com mais quatro praças em São Bernardino quando depararam com um pelotão alemão formado por mais de 20 homens.
Foi ordenado que se rendessem , não se renderam combateram mesmo em desigualdade de armas e efetivo. Por fim, restou Simeão e o comandante oficial germânico, sem munições Simeão travou luta corporal ambos morreram, laureado em Porto Murtinho, agora terá um navio em seu nome, cuja à Bibi, enoda sua trajetória/memória com babado de calote, prestes a entregar o navio em Porto Murtinho. Logo neste período em que tramas golpistas escancararam os subterrâneos dos quais emergem oficiais intermediários, superiores e generais estrelados como mentores de ações violentas contra o estado democrático e à Constituição Federal.
Fonte: Folha5
NOTA DO EXÉRCITO
“Prezados amigos da imprensa, boa tarde.Gostaria de esclarecer algo que foi publicado de forma imprecisa, conforme imagem abaixo.1. A marinha NÃO RETEVE “NAVIOS” DO EXÉRCITO, como aparece no título da reportagem.2. O que houve, de fato:– o estaleiro, que é de Manaus-AM, responsável pela construção das embarcações, foi NOTIFICADO, devendo responder processo administrativo, em decorrência de ter movimentado as embarcações sem a devida autorização e sem a habilitação correspondente. A tripulação, composta de funcionários civis do estaleiro, também foi notificada.3. As embarcações NÃO FORAM APREENDIDAS.Sobre o caso:O Exército encomendou a fabricação de dois ferry boat, para serem utilizados por organizações militares do Mato Grosso do Sul.O estaleiro vencedor da licitação é de Manaus e optou para fazer a construção em Cáceres, devendo proceder a entrega em Corumbá, após o término da construção.Ainda não foi realizada a entrega das embarcações ao Exército, portanto, elas permanecem sob responsabilidade do estaleiro contratado.”
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