Mato Grosso tem 58 favelas e comunidades urbanas localizadas em cinco cidades, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados na sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Nesses conjuntos habitacionais populares moram 81.895 pessoas, o correspondente a 2,2% da população mato-grossense.
No país, o Censo 2022 encontrou 12.348 favelas e comunidades urbanas, onde viviam 16.390.815 indivíduos, o que equivale a 8,1% da população brasileira.
Em 2010, foram identificadas 6.329 favelas, onde residiam 11.425.644 pessoas ou 6,0% da população do país naquele ano.
Conforme o IBGE, alinhado às recomendações internacionais, favelas e comunidades urbanas são identificadas e mapeadas com base na insegurança jurídica da posse; na ausência ou oferta precária e incompleta de serviços públicos; nos padrões urbanísticos fora da ordem vigente; e na ocupação de áreas com restrição à ocupação definidas pela legislação ambiental ou urbanística.
“O trabalho de reconhecimento, mapeamento e produção de informação de favelas e comunidades urbanas é bastante árduo porque implica na identificação desses territórios. Diferentemente dos distritos, bairros e municípios que têm identificação oficial, as favelas e comunidades urbanas, via de regra, não têm esse reconhecimento por parte dos órgãos públicos”, disse Jaison Luis Cervi, gerente de Pesquisas e Classificações Territoriais do IBGE.
Segundo a pesquisa, as unidades da Federação com as maiores proporções populacionais residindo nesses territórios urbanos são Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%).
Já os estados com as menores proporções são Santa Catarina (1,4%), Goiás (1,3%) e Mato Grosso do Sul (0,6%).
Ainda em Mato Grosso, a maioria desse tipo de território encontra-se em Cuiabá (47), com 80.652 pessoas (8,5%) vivendo nessas regiões.
Os demais estão localizados em Várzea Grande (6), Rondonópolis (3), Sinop (1) e Cáceres (1).
Com 8.203 moradores, a região do Santa Laura, entre o bairro Osmar Cabral e a Avenida das Torres, é apontada como a maior favela da Capital do Estado.
Também estão entre as mais populosas o Parque das Águas Nascentes (7.135); Jardim Paraíso (6.446); e Jardim Vitória (5.505).
Em Várzea Grande, a região do Mapim aparece como a maior favela da cidade.
Por lá, são 3.497 residentes. As demais são Jardim Esmeralda (1.753); Capão Grande (1.313); Vila Vitória (691) e as Lagoas da Feb (593) e do Jacaré (390).
Em Rondonópolis, o Censo encontrou três favelas, sendo a maior a Vila Mamed, com 237 moradores; em Sinop, a Jardim do Ouro (610) e, em Cáceres, a Jardim Imperial (145).
O Censo mostra também que, no Estado, do total de 27.426 domicílios particulares permanentes ocupados (DPPOS) nessas comunidades, 93,8% contam com ligação à rede geral de água; 68,9% têm banheiro ou sanitário com esgotamento por rede geral ou pluvial e fossa séptica ligada ou não à rede; e 96,0% têm o lixo coletado por serviço de limpeza diretamente no domicílio ou em caçamba. Já a taxa de alfabetização em nível estadual das pessoas que residem nessas favelas é de 94,2%.
Em nível nacional, as proporções de pessoas que se declararam pardas (56,8%) e pretas (16,1%) na população das favelas é superior aos percentuais observados na população total (respectivamente 45,3% e 10,2%). Também é mais jovem que a do país como um todo.
A idade mediana da população do país era 35 anos e, nas favelas, 30 anos.
Além disso, o índice de envelhecimento nessas localidades é de 45 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, bem menor que o da população do país (80 idosos para cada 100 crianças).
Fonte: DiáriodeCáceres
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