Em um movimento que promete transformar a economia rural da região oeste do Mato Grosso, Irajá Lacerda, está liderando uma iniciativa ambiciosa que visa não apenas consolidar a agricultura familiar, mas também levar os produtos regionais a mercados internacionais. Esta semana, representantes do Banco do Brasil e pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) estão visitando seis assentamentos em Cáceres — Paiol, Limoeiro, Laranjeiras, Flechas, Facão e Sadia —, como parte de um projeto visionário para a construção de uma agroindústria que promete mudar o cenário econômico da região.
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A ideia central do projeto de Irajá é simples, mas poderosa: transformar as culturas vocacionais da região em produtos de alto valor agregado, prontos para exportação para mercados como a Ásia e a Comunidade Andina. A agroindústria planejada focará na produção de fécula de mandioca, cápsulas de açafrão para medicamentos fitoterápicos, farinha de banana e farinha de batata-doce — itens com grande demanda internacional e que, até agora, não haviam sido explorados em sua plenitude por produtores locais.
A visita dos representantes do Banco do Brasil e da UnB aos assentamentos é um passo crucial para a concretização desse projeto. Ao longo da semana, eles estão avaliando as condições de produção e discutindo as melhores práticas para a futura instalação da agroindústria. Mais do que apenas uma fábrica, essa iniciativa busca criar uma base de clientes constante para os produtores regionais, impulsionando a economia local e gerando uma série de novos empregos diretos e indiretos.
“A construção dessa agroindústria não é apenas um projeto econômico, mas um marco na diversificação agrícola da nossa região”, destaca Irajá Lacerda. “Estamos promovendo a produção de alimentos de consumo diário e reduzindo nossa dependência de grandes fornecedores externos, como a Ceagesp de São Paulo, maior distribuidora de hortaliças para Cáceres.”
O projeto, que tem uma meta ambiciosa de 30 meses para colocar os produtos nas prateleiras de supermercados nos países andinos e na Ásia, promete benefícios significativos. Além de agregar escala à produção, ele prevê a criação de uma cooperativa de alimentos. Isso permitirá aos produtores reduzir custos de compra de equipamentos, facilitar o acesso a crédito e acelerar processos de legalização das atividades agrícolas, que ainda enfrentam muitas barreiras burocráticas.
Outro aspecto crucial deste projeto é a criação de uma cadeia logística robusta que separa as funções de produção, transporte e venda. Essa estrutura não só deverá reduzir os preços dos alimentos na mesa do cacerense, mas também diminuirá as perdas na produção rural, melhorando a rentabilidade dos agricultores.
Em um cenário onde a economia global passa por desafios constantes, o projeto de Irajá Lacerda surge como um farol de esperança para a agricultura familiar no Mato Grosso. Ao conectar os pequenos produtores locais a mercados internacionais, ele está garantindo não só a sobrevivência, mas o florescimento de uma nova era de prosperidade agrícola em Cáceres e além.
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