O Rio Paraguai, o principal do Pantanal de Mato Grosso, atingiu o menor nível já registrado para o mês de julho desde que o monitoramento é realizado, há 59 anos. Em Cáceres (220 km de Cuiabá), o leito está com 72 centímetros, enquanto a mínima histórica para o mês é de 80cm.
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Em outros municípios do Estado, a situação também é crítica. Em Barra do Bugres (170 km de Cuiabá), o nível do Paraguai é de 43cm, que também é o mais baixo registrado no histórico de monitoramento para o mês.
Na última semana, o acumulado de chuva na Bacia do Rio Paraguai foi insignificante (2 mm), de acordo com o SGB (Serviço Geológico do Brasil). A previsão para os próximos dias é que a região ainda continue sem chuva, como é comum nesta época do ano.
De acordo com o SGB, o nível baixo é uma ameaça real à segurança hídrica dos municípios de Mato Grosso.
“Temos níveis próximos ou abaixo das mínimas históricas para o período em praticamente todas as estações monitoradas na bacia”, alerta o pesquisador em geociências do SGB, Mauro Campos Trindade.
Ainda segundo o boletim, a projeção é de piora para os próximos dias. Daqui a duas semanas, a previsão é de que o nível em Cáceres atinja 45cm.
No início de julho, a Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) já havia instituído um regime de controle especial do uso da água na Bacia do Rio Paraguai em razão da seca histórica. Com isso, estão sendo priorizados os volumes mínimos necessários para abastecimento humano.
Reprodução: Midia News
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