Segundo informações da Unidade Regional do Gaeco de Cáceres, a operação Clean Jail tem 13 alvos e busca desarticular organização criminosa formado por agentes públicos e particulares que cometeram peculato, concussão e lavagem de dinheiro.
Conforme apurado até o momento, o grupo criminoso, formado entre outros por policiais penais, se apropriou indevidamente de valores do Conselho da Comunidade de Cáceres que deveriam ter sido revertidos para pagamento de serviços prestados pelos reeducandos da Cadeia Pública masculina do município ou em melhorias do sistema prisional local.
Além disso, os investigados seriam responsáveis por exigir vantagem indevida de presos e seus familiares como contrapartida para concessão de benefícios na execução da pena, em especial para serem selecionados para execução de trabalho interno ou externo.
Durante as investigações foi constatado que o grupo criminoso, no período compreendido entre janeiro de 2021 até 30 de abril de 2023, realizou a movimentação de mais de R$ 19 milhões em transações suspeitas.
Estão em cumprimento 13 mandados de busca e apreensão na cidade de Cáceres e 13 ordens judiciais de indisponibilidade de bens dos investigados até o limite de R$ 1 milhão. Além disso, foram determinados o afastamento cautelar do exercício da função pública e a proibição de aproximação e acesso nos respectivos órgãos/repartições de sete dos alvos da investigação.
Para o cumprimento das medidas, a operação conta com apoio de 38 integrantes do Gaeco de Cuiabá, Sorriso, Barra do Garças, Rondonópolis e Cáceres, policiais Defron (Delegacia Especial de Fronteira), e 32 PMs do 6º Comando Regional de Cáceres e Força Tática.
A atuação é da força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres.
Reprodução: Primeira Página