Cáceres, 7 de outubro de 2024 - 04:23

Defensoria pede absolvição para ex-PM que espancou, estuprou e matou advogada em MT

Defensoria-pede-absolvição-para-ex-PM-que-espancou-estuprou-e-matou-advogada-em-MT

 Ministério Público contestou pedido da Defensoria Pública.

 A Defensoria Pública pediu a absolvição sumária do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, acusado de assassinar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni. O pedido alega que o réu não teria a capacidade de entender os próprios atos e nem se comportar de maneira diferente por possuir esquizofrenia paranoide. A defesa de Almir pediu, ainda, que ele seja submetido a novo exame para averiguar as suas faculdades mentais.

>>Clique aqui e participe do grupo de WhatsApp e receba notícias de Cáceres e região na palma da mão<<

 Ao solicitar o indeferimento do pedido, o promotor de Justiça, Jorge Paulo Damante Pereira alegou que além de ser descabido, o laudo apresentado pela defesa é de 2016. O promotor argumenta, ainda, que o crime foi uma “atrocidade” e “muito bem elaborada”, o que evidenciaria a capacidade de entendimento acerca do caráter ilícito do crime cometido.

 O Ministério Público aponta também que um Relatório de Assistência Social realizado em 17 de agosto de 2023, assinado por uma assistente social, uma enfermeira e uma psicóloga e colocada nos autos pela própria Defensoria Pública, demonstra que na data da avaliação, Almir não apresentava “delírios persecutórios, quadro psicótico, prejuízo cognitivo e/ou alucinações auditivas e visuais”.

Defensoria-pede-absolvição-para-ex-PM-que-espancou-estuprou-e-matou-advogada-em-MT
Defesa de acusado argumenta que ele tem esquizofrenia.

 Ainda conforme o MP, em junho deste ano o réu passou por uma avaliação médica que atestou que ele estava em bom estado físico e mental para continuar trabalhando e que ele já não fazia uso de medicações psicoativas.

 “Logo, por todo o exposto, é clara a tentativa de manipular o Poder Judiciário ao se apresentar como “incapaz” apenas e exclusivamente quando vê a possibilidade de arcar com as consequências penais de seus atos”, argumenta o promotor, ao pedir o indeferimento da solicitação da Defensoria Pública.

O caso

 O ex-PM e a advogada se conheceram na noite do dia 13 agosto, em um bar da Capital e logo após foram para a casa dele. Chegando no local, eles se desentenderam, pois Cristiane não quis realizar um ato sexual. Ele não aceitou a negativa e a espancou, estuprou e depois a assassinou por asfixia.

 Ele pressionou a perna e joelho na barriga da vítima e, em seguida, utilizou um travesseiro para sufocá-la.

 Após matar a advogada, Almir limpou a casa para apagar as marcas de sangue. Em seguida, pôs a vítima dentro do carro e colocou óculos escuros nela para simular que seria uma passageira.

 Ele abandonou o corpo da advogada dentro do carro, próximo ao Parque das Águas, em Cuiabá.

 Reprodução: ReporterMT

 Fique ligado no Cáceres News para todas as informações do dia-a-dia de Cáceres e Região.

Compartilhe nas redes sociais:

Facebook
Twitter
WhatsApp

Notícias Recentes: