Cáceres, 7 de outubro de 2024 - 04:21

Homenagens marcam sepultamento do sargento PM Gabriel Castella em Cáceres

 Homenagens de colegas, amigos, familiares e até do comando do 6º Batalhão de Polícia Militar (6ºBPM) marcaram, na tarde desta segunda-feira (23/10), em Cáceres, o sepultamento do sargento PM, Gabriel Castella Cardoso. “Ele foi um policial que honrou o juramento de defender e salvar vidas” afirmou o comandante do 6ºBPM tenente-coronel Luiz Marcelo da Silva.

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 E, ao entregar a bandeira da PM a viúva do militar completou “as ações dele como policial ficarão gravado em nossa memória”. Uma multidão acompanhou o sepultamento do militar no cemitério Park dos Ipês.

 Um grupo de policiais militares, colegas de Gabriel, em São José do Rio Claro, esteve em Cáceres, acompanhou e participou de cerimônia fúnebre. A maneira rigorosa de atuar pode ter contribuído, para desavença que resultou na tragédia. Um dos PMs que trabalharam junto com Castella disse que ele contribuiu de maneira significante para redução da criminalidade no município.

 “Havia uma época que a criminalidade estava muita alta no município. A maneira dele atuar ajudou na redução. Ele até tinha um jargão que dizia, no dia em que estava de serviço: “avisa aos desavisados que hoje a noite não vai ser de boa”. As homenagens dos colegas também foram demonstradas nas coroas de flores colocada sobre o caixão. Uma delas estava com os seguinte dizeres: “Homenagem dos verdadeiros amigos ao nosso herói Gabriel Castella”.

 Entenda o caso.

 Gabriel Castella foi o autor dos disparos que mataram seu colega, o também sargento da PM, Willian Nascimento, na noite de sábado (21) e no dia seguinte, no final da tarde de domingo (22) cometeu suicídio. Ele havia sido preso logo após o crime e estava detido no Batalhão da PM da cidade. Informações preliminares dão conta de o militar estava detido no Batalhão e teria saído para ir até seu carro.

 Foi então que ele pegou uma arma, olhou para a tropa que estava próxima dele e atirou na própria cabeça. Quando foi detido, o PM que realizou a prisão relatou que tomou a arma do rapaz, temendo justamente que ele pudesse atentar contra a própria vida, pois Castella teria relatado que estava com pensamentos suicidas.

 Comandante-geral da Polícia Militar, Alexandre Mendes e o secretário de Estado de Segurança Pública, César Augusto Roveri, determinaram a exoneração do comandante do Batalhão de São José do Rio Claro, o tenente coronel Cristiano Vasconcelos.

 Folhamax

 De acordo com o site Folhamax, William estava tratando Gabriel de forma ríspida e não respondeu a continência e nem o cumprimento de ‘boa noite”. Em seguida, o atirador perguntou se a vítima estaria bem e ele respondeu de forma autoritária:” Tudo bem, por quê”?

 Neste momento, Gabriel teria apontado o atraso de William, que deveria ter se apresentado no batalhão da PM ás 18 horas, mas chegou no local uma hora depois.

 Após ser repreendido, William, que já estava alterado, teria elevado o tom ainda mais e começou a pedir respeito ao atirador, dizendo que era mais antigo e que deveria ser respeitado, senão iria matar Castella. Foi então que Nascimento avançou com o braço esticado em direção a Gabriel, que começou a recuar e, se sentindo ameaçado, efetuou os disparos.

 Perseguições

 Gabriel teria relatado ainda, que era perseguido por William. A rusga se intensificou após uma ocorrência de tráfico de drogas e porte de arma de fogo, ocasião em que o artefato foi, supostamente, extraviado. Porém, os militares responsáveis pelo caso negaram o sumiço do revólver.

 No entanto, William teria tomado às dores de um dos agentes envolvidos no caso e passou a assediar Gabriel moralmente. Depois disso, outro atrito veio á tona em uma nova apreensão de drogas.

 Diante da situação, Gabriel chegou a procurar o vereador Pelezinho, para que ele pudesse dormir em outro lugar que não fosse o quartel, pois estava temeroso por sua vida.  O militar também contou ao irmão que estava com medo de morrer. O irmão, por sua vez, entrou em contato com os superiores de Gabriel, que disseram para ele ficar tranquilo que nada de ruim iria acontecer com ele.

 Reprodução: Sinézio Alcântara – Expressão Notícias

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