Cáceres, 7 de outubro de 2024 - 12:23

Mesmo com Perícia Médica recomendado o afastamento, Secretário Fransérgio obrigou professores doentes a trabalhar, afirma denúncia

 Denúncias apresentadas durante a Audiência Pública da Educação de Cáceres realizada na Câmara Municipal, ontem (16), afirmam que o Secretário de Educação Fransérgio recusou por diversas vezes pedidos de afastamento de professores doentes, mesmo com a perícia médica confirmando as enfermidades.

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 Três casos de ingerência foram apresentados na Câmara. A primeira conta que uma profissional da saúde teve o afastamento solicitado pela perícia recusada pelo Fransérgio, em duas oportunidades.

 De acordo com o relato, embora a avaliação médica tenha encontrado nódulos nas cordas vocais, disfonia, tendinite glútea, artrose nas articulações, abscesso na mão direita, entre outras, Fransérgio recusou o pedido e determinou que a professora retornasse ao trabalho sob pena de ter seus dias reduzidos.

 Já o segundo, conta que a uma professora teve depressão, síndrome do pânico, fobia e transtorno bipolar em 2022. No entanto, apesar dos atestados médicos indicarem as enfermidades e recomendarem afastamento, o secretário recusou-se a atender.  

 O terceiro caso envolve, além do secretário Fransérgio, o médico perito. Ela conta que recebeu um atestado médico de 60 dias para tratamento de saúde em 17 de maio. Ao finalizar esse período, ela se apresentou na escola, mas disse que não estava se sentindo bem e, logo depois, voltou ao médico. Uma nova perícia foi realizada e o médico emitiu um atestado, negando o novo afastamento, fundamentado na aparência da servidora.

Ele demonstrou que não seria necessário um novo afastamento, uma vez que a paciente estava “energizada, hidratada e com o humor mantido”. A professora ficou irritada e procurou a Defensoria Pública para denunciar. Fransérgio foi notificado e, além de negar o atestado, determinou a abertura de um processo administrativo para punir a professora.

 Transtornada, uma professora vítima de saúde mental, relatou que “as perseguições e humilhações sofridas” fizeram com que sua vida perdesse o sentido. E, que “se isso acontecer comigo, não quero nota de pesar da administração, em meu nome”.

 De acordo com a presidente da Associação de Professores, existem mais de dez casos suspeitos de interferência do secretário em perícias médicas, além de uma dezena de ações de retaliação contra os professores. De acordo com ela, muitos estão respondendo a PAD e alguns até mesmo exonerados, sem o devido procedimento legal. (Com informações do Expressão Notícias)

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