Cáceres, 6 de março de 2025 - 13:30

Médicos apontam lacerações graves e forte higienização nas genitálias de bebê de 6 meses

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 “Nem as bactérias comuns da flora vaginal constavam no exame, tamanha intensidade da higienização no local”, diz nota do hospital.

 Hospital Vale do Guaporé, em Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá), emitiu uma nota para falar sobre a morte da bebê de 6 meses, que supostamente havia sido estuprada pelo padrasto. A menina morreu na madrugada de quinta-feira (10 de fevereiro), por conta de insuficiência respiratória, devido a uma pneumonia, conforme laudo do IML.

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 A hipótese de abusos e maus tratos foi levantada ainda pelos médicos da unidade. A equipe desconfia que a mãe tenha levado a criança “limpa demais” ao hospital para tentar “maquiar” alguns machucados, já que “nem as bactérias comuns da flora vaginal constavam no exame, tamanha intensidade da higienização no local”.

 Na nota, o hospital relata que a bebê deu entrada na unidade na manhã de segunda (07), com sua mãe, com um quadro de insuficiência respiratória grave, agitada, chorosa, abdome distendido, com grandes dificuldades de respirar. “Foi prontamente atendida pelo médico pediatra de plantão, que a medicou, solicitou exames e a já foi colocada na máscara de oxigênio”.

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Morte de bebê de 6 meses se deu por insuficiência respiratória devido à pneumonia.

 Ainda segundo o hospital, quando a equipe foi fazer o acesso venoso, a mãe negou que fosse feita higienização completa na bebê, e nesse momento a mãe relatou que ela tinha “um problema de hemorroidas”. A enfermeira achou a postura da mãe estranha e chamou a médica para avaliar a bebê e verificar o relato da mãe.

 “No momento do exame, a médica percebeu alterações expressivas nos órgãos genitais e também um prolapso retal. Para que houvesse uma segunda avaliação, foi chamado então outro médico, um cirurgião para nova análise, que também constatou as mesmas lesões da colega anterior”, diz a nota.

 Outro ponto grave e que causou estranheza, foi que, no momento da avaliação do cirurgião, quando a bebê estava sendo examinada, saiu um líquido translúcido de dentro da sua genitália, “em grande quantidade”. “Esse líquido foi coletado e enviado para análise, e o resultado foi que: nem as bactérias comuns da flora vaginal constavam no exame, tamanha intensidade da higienização no local”, diz nota do Hospital.

 Conforme a nota, a mãe ficou surpresa ao ver a situação dos órgãos genitais de sua filha, indagando o médico do que poderia ter acontecido com ela. “A equipe, achando muito estranho, a questionou se ela não dava banho na bebê, para não ter visto os ferimentos”, enfatizando sua negligência.

 Relembre o caso

 O suposto estupro foi descoberto na noite de terça-feira (08), depois de a mãe da menina levá-la até o hospital. Lá, os médicos afirmaram que a bebê tinha sinais de violência sexual.

 O principal acusado do crime é o padrasto da menina.

 Ainda conforme a Polícia Civil, durante depoimento, a mãe da menina declarou que tinha um relacionamento com o acusado há dois meses, desde que ele havia saído da cadeia, onde ficou detido por outros crimes.

 Ela afirmou que não confiava no companheiro, pois, sempre que ele fazia uso de drogas, gostava de pegar a bebê no colo e de brincar com a outra filha dela, de 7 anos.

 Já o acusado permaneceu em silêncio durante o interrogatório.

 Com base nas informações colhidas nas diligências iniciais, o delegado Matheus Prates instaurou inquérito e representou pela prisão temporária do acusado, que foi deferida pela Justiça.

 O delegado apurará também a conduta da mãe, se ela tinha ciência dos atos praticados pelo suspeito e se foi conivente com a situação.

 Matéria retirada do portal de notícias ReporterMT. Para acessar a matéria clique aqui.

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